Psicologia e Autoestima no trabalho

Psicologia e Autoestima no trabalho

Por definição, autoestima “é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência e adequação, que se reflete em uma atitude positiva ou negativa com relação a si mesmo”, de acordo com Rosenberg, um pioneiro no estudo deste tema.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Para a psicologia, a autoestima é a avaliação subjetiva que cada um faz de si, das suas características emocionais e comportamentais.

Afinal, no campo psicológico, a autoestima envolve uma série de aspectos, tais como:

    • confiança;
    • capacidade técnica;
    • habilidade social;
    • ambiente de trabalho;
    • capacidade cognitiva.

A autoestima está ligada às experiências vivenciadas, principalmente, no período de desenvolvimento infantil. Os fatores influenciadores são:

    • Castigos e negligência frequentes.
    • Casos de abusos físicos, psicológicos, emocionais.
    • Conduta parental rígida e severa.
    • Intimidação e sabotamento.
    • Falta de incentivos, elogios, amor, entre outras formas de afeto.
    • Convívio com situações e pessoas preconceituosas ou excessivamente

Para Nathaniel Branden, autoestima baixa associa-se a irracionalidade, inadequação à vida, distorção da realidade, rigidez, medo do novo e conformismo. Esses elementos nos guiam ao esquecimento de nossa própria essência e aumentando a nossa necessidade de provar quem somos.

As pessoas com autoestima baixa geralmente:

    • Não aceitar seus próprios erros;
    • Passar a procurar culpados pelos erros e faltas que provavelmente são de sua responsabilidade;
    • Não sentir confiança na sua própria capacidade de evolução;
    • Ficar desatento às próprias aptidões, habilidades e competências;
    • Pânico em pensar que suas atividades não serão aprovadas;
    • Evitar encontros com pessoas do relacionamento profissional no âmbito pessoal;
    • Dificuldade de concentração;
    • Procrastinação de tarefas que antes fazia sem nenhuma dificuldade;
    • Pessimismo.

Autoestima no trabalho

No âmbito profissional, pode-se dizer que a autoestima é tão importante quanto o currículo, pois tanto sua presença quanto sua ausência vão afetar diretamente o desempenho e comprometer ou alavancar a produtividade no trabalho. Um profissional que não tem uma autoestima não se sente capaz, não confia no seu potencial, não reconhece suas próprias habilidades e perde inúmeras oportunidades de crescer.

A baixa autoestima no trabalho é sinalizada pela tendência da pessoa a achar que não consegue dar conta das tarefas, pelo modo como ela tende a se anular e esconder e também pela constante insatisfação com resultados das atividades que faz.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Os sinais mais comuns da falta de autoestima no ambiente profissional são:

    • pessimismo;
    • incapacidade de emitir suas opiniões;
    • isolamento social;
    • falta de fé em si mesmo;
    • medo de desafios;
    • sensação de fracasso;
    • tendência à procrastinação;
    • dificuldade de reconhecer os próprios erros.

Alguns dos problemas causados pela baixa autoestima são:

Fadiga excessiva: a baixa autoestima pode causar uma extrema sensação de cansaço e desânimo. Então, atividades rotineiras podem se tornar um desafio na vida de um indivíduo.

Transtornos mentais: a baixa autoestima pode acarretar o desenvolvimento de transtornos mentais, porque afeta a forma como uma pessoa enxerga a si mesma. Logo, distúrbios como ansiedade, depressão, bipolaridade, borderline, anorexia, bulimia, entre outros, são comuns em pacientes com autoestima baixa.

Vida social afetada: o paciente que apresenta o quadro de baixa autoestima, normalmente, não se sente confortável na presença de outras pessoas. Portanto, o indivíduo tende a se isolar, devido à falta de confiança. Há casos em que as pessoas começam a apresentar traços de reclusão forte, podendo se tornar indivíduos antissociais.

Conheça os Principais Pilares da Autoestima

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

1. Autoaceitação: De forma geral, é a postura positiva em relação a si mesmo como indivíduo. Inclui elementos que envolvam pontos como respeitar suas limitações, se autodefender e se sentir bem com seu próprio corpo.

2. Autoconfiança: É uma postura positiva em relação às capacidades e aos desempenhos próprios. É ter a habilidade de alcançar objetivos, metas e planos. É suportar as dificuldades e poder abstrair certos momentos, pessoas e situações. Além de possuir a capacidade de se adaptar ao exterior, através da utilização de recursos disponíveis naquele momento.

3. Habilidade Social: É a habilidade de realizar contatos. É, também, lidar com outras pessoas, ter empatia pelo outro e regular a relação de distância e proximidade. Além de tudo, é saber lidar com situações difíceis e ter reações flexíveis. Por fim, é conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos e saber reagir com as atitudes de outras pessoas.

4. Rede Social ou Rede de Relacionamento Positivo: É a ligação com uma rede de relacionamentos positivos. Desse modo, é uma relação assertiva com o parceiro e com a família. É, também, ter amigos em quem se confia. É, principalmente, realizar atitudes para seus relacionamentos positivos sem esperar nada em troca. É tomar atitudes corretas pelo valor dos seus relacionamentos.

 

Os seis pilares de Atitude para ter Autoestima, de Branden.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

1º pilar: “A atitude de viver conscientemente”: Ou seja, ter conhecimento do eu por trás das ações, é ser responsável por tudo o que fazemos, ter a mente ativa, saber interpretar e se inserir no mundo. Não se deixar levar pela ação do outro, e sim, pelo que seus valores dizem.

2º pilar: “A atitude da autoaceitação”: É ser amigo de si mesmo. Reconhecer as capacidades, qualidades e os talentos, mas também os defeitos e vícios. E, a partir disso, tentar melhorar e evoluir. Todos temos pontos negativos. Aquele que sabe identificá-los e transformá-los está mais perto da autoestima elevada.

3º pilar- “A atitude da autorresponsabilidade”: Admitir que errou não é fraqueza. Pedir perdão não é fraqueza. Não podemos culpar os outros pelos nossos erros, e, acima de tudo, devemos saber pedir desculpas.

4º pilar: “A atitude da autoafirmação”: Se colocar no mundo sem modificar seus valores a fim de se encaixar na sociedade. É ser o protagonista da própria vida, buscando o que acredita que merece ter e ser.

5º- Pilar: “A atitude da Intencionalidade”: Segundo Branden (2002), “é necessário desenvolver dentro de nós a capacidade da autodisciplina, que é uma virtude de sobrevivência.” É identificar os objetivos e traçar caminhos possíveis para atingi-lo.

6º- Pilar- “A atitude da integridade pessoal”: É ter consciência dos ideais, crenças e valores, aplicando-os de maneira consciente e íntegra em nosso comportamento.

 

Como melhorar sua autoestima

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Pessoas que possuem alta autoestima costumam ser mais fortes, resistir a situações adversas por acreditarem mais em seu próprio potencial de mente e ação. Mas como praticar uma boa autoestima? Aqui vão 10 atitudes que podem te ajudar.

1. Elimine a culpa: Um dos principais motivos para uma baixa autoestima é o sentimento constante de culpa. Seja por não estar fazendo algo ou por aquilo que foi feito, é muito comum segurarmos a sensação de que somos culpados pela vida que estamos levando.

Contudo, procure eliminar esse sentimento, abraçando cada vez mais a leveza de sermos seres livres e que, se estamos agindo de forma danosa para nós ou para o outro, a oportunidade de mudança está presente a cada novo segundo.

2. Não se compare com os outros: O mundo em que vivemos é sustentado pela competitividade. Isso nos faz acreditar que nosso próprio sucesso pessoal ou profissional só será alcançado quando superarmos o de outras pessoas. Deixe as comparações todas de lado.

Dessa forma, cada ser é tão único, complexo, cheio de experiências, dores e felicidade como você. A alegria de uma pessoa não é a mesma da outra, assim como o sofrimento. Quando se trata da vida, não existe base de comparação: faça o que te faz bem.

3. Não generalize suas experiências: Não é porque você cometeu um erro no passado que agora irá cometê-lo novamente. Os conceitos que criaram para nós ou que nós mesmos criamos não podem nos aprisionar. Assim, podemos nos movimentar o tempo todo e visualizar as situações dessa forma ajuda para que esse movimento se torne mais natural, mais leve.

4. Confie em si mesmo: Não espere que os outros te deem a motivação necessária para agir. Ou seja, encontre forças em si para confiar nos seus movimentos e levar sua vida para onde você deseja. Assim, é muito mais fácil conseguir alcançar seus objetivos quando sua mente já está inclinada em acreditar no seu sucesso.

5. Seja mais compassivo com seus erros: Não foi dessa vez? Não deixe que um erro cometido seja razão para que você desanime. Assim, se você consegue perdoar os outros, precisa conseguir perdoar a si mesmo também. Desenvolver um olhar compassivo para suas atitudes vai te fazer viver melhor.

6. Entenda o que funciona para você: O que te faz se sentir mais autoconfiante é praticar um exercício? Aprender algo novo? Fazer alguma atividade em que você já tem domínio? Ter um contato mais próximo com uma comunidade? Praticar a solidariedade? Assim, encontre o que funciona para a sua situação e volte a isso sempre que sentir sua autoestima diminuindo.

7. Seja sincero consigo mesmo: Da mesma forma que mentir para os outros é prejudicial, mentir para nós mesmos também nos faz cair em situações danosas. Por isso, seja sincero com suas dificuldades e facilidades.

Assim, abrace suas fraquezas e suas forças, alimentando o equilíbrio da mente com relação à cada uma delas, sem se entregar ao narcisismo e sem se abalar pela autocrítica excessiva.

8. Comece a agradecer: Ser grato tem a força de cultivar melhores experiências. Quando notamos todo o bem que há ao nosso redor, especialmente o bem que há dentro de nós e nas ações que fazemos no mundo, somos mais felizes e conseguimos nos impulsionar para melhores atitudes.

9. Comemore suas vitórias: Certamente sua vida não foi só feita a partir de erros. Só o fato de você existir e estar vivo já é uma vitória para ser comemorada. Faça com que cada novo objetivo alcançado seja um impulso positivo e contente, que te leve em direção de seu equilíbrio físico e mental.

10. Viva no presente: O mais importante ato de crescimento da autoestima é viver no agora. Não importa o que já foi feito ou o que irá acontecer, o que você pode fazer neste momento para ser mais confiante e se alegrar mais por seu próprio ser? Viver no presente é o melhor presente que você pode dar a si.

 

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

CUIDE-SE BEM.

O MUNDO PRECISA DO SEU MELHOR.

SER CONSCIÊNCITE É VIVER O AQUI E AGORA.

Procure um profissional e invista no seu bem-estar!

Shurato Maciel – Psicólogo do Clinico/ Especialista em Psicologia do Trabalho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *